Na Síria, uma onda de violências sem precedentes resultou em mais de mil mortos em três dias, com a maioria sendo civis. Esses confrontos foram desencadeados por um ataque dos partidários do ex-presidente Bashar al-Assad contra as forças de segurança em Jablé, perto de Latakia, no oeste do país. O Observatório dos Direitos Humanos (OSDH) relata que 745 civis alauítas foram mortos nas regiões costeiras e montanhosas de Latakia, enquanto pelo menos 273 membros das forças de segurança e combatentes pró-Assad também perderam a vida.
Contexto das Violências
As violências começaram na quinta-feira com um ataque sangrento dos partidários de M. Assad contra as forças de segurança em Jablé. Em resposta, as forças de segurança enviaram reforços e lançaram operações importantes na região. O OSDH relatou “execuções com base em critérios confessionais ou regionais”, e testemunhos nas redes sociais mencionam atrocidades contra civis alauítas.
Apelo à Unidade Nacional
Ahmad al-Chareh, o líder da coalizão islamista sunita que derrubou M. Assad, apelou à unidade nacional e à paz civil. Ele declarou que “esses desafios eram previsíveis” e que “devemos preservar a unidade nacional, a paz civil tanto quanto possível”. M. Chareh também exortou os insurgentes alauítas a depor as armas.
Reações e Medidas
As igrejas sírias condenaram os “massacres de civis inocentes” e pediram o fim imediato desses atos. O Ministério da Defesa fechou as estradas que levam à região costeira para prevenir atrocidades e ordenou às forças de segurança que restabeleçam a ordem. Muitas prisões foram feitas entre os saqueadores.
Análise Política
De acordo com Aron Lund, do centro de reflexão Century International, essa explosão de violências revela a fragilidade do governo sírio atual, que se baseia em parte em jihadistas radicais. M. Chareh tenta acalmar as minorias, mas sua linha não é necessariamente compartilhada por todas as facções sob seu comando.
Diferenças em Relação ao Texto Original
O texto original se concentra principalmente nos fatos brutos das violências e nos apelos à unidade nacional. A versão modificada aprofunda o contexto das violências, analisa as reações políticas e sociais, e destaca os desafios do governo atual na Síria. Além disso, inclui detalhes adicionais sobre as medidas tomadas pelas autoridades para restabelecer a ordem e sobre as reações internacionais. Por fim, enfatiza a complexidade confessionária e política da situação síria.