Em uma cúpula extraordinária em Bruxelas, os líderes da União Europeia aprovaram o ambicioso plano “ReArm Europe”, avaliado em R$ 4,87 trilhões. A iniciativa visa fortalecer as capacidades de defesa do bloco em um momento crítico, especialmente com os Estados Unidos sinalizando um possível recuo no apoio à Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky participou do encontro, expressando gratidão pelo apoio europeu e enfatizando a importância do sinal forte enviado ao povo ucraniano. A presença de Zelensky reforça a relevância estratégica da Ucrânia para a segurança do continente.
Diversos países europeus anunciaram medidas concretas de apoio. A Noruega elevou sua assistência em R$ 25,6 bilhões para 2025, enquanto a Alemanha se comprometeu a compensar a suspensão da ajuda militar americana. O Reino Unido fornecerá drones de ataque avançados para combater a agressão russa no Mar Negro, e a França confirmou o fornecimento de inteligência militar à Ucrânia.
As tensões diplomáticas permanecem elevadas, com a Rússia rejeitando categoricamente a possibilidade de um acordo sobre o envio de tropas europeias de manutenção da paz à Ucrânia. Moscou também criticou duramente o discurso do presidente francês Emmanuel Macron sobre estender o guarda-chuva nuclear francês à Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos em curso, incluindo conversas mediadas pela Arábia Saudita e Turquia, o conflito continua intenso. A Rússia reivindicou recentemente a captura de mais uma localidade no leste da Ucrânia, demonstrando que a situação no terreno permanece volátil.
Zelensky exortou a comunidade internacional a não relaxar a pressão sobre a Rússia para encerrar a guerra, enfatizando a necessidade de manter a pressão constante. À medida que a Europa se mobiliza para fortalecer sua defesa e apoiar a Ucrânia, o cenário geopolítico continua em rápida evolução, marcando um ponto de inflexão na política de segurança europeia e sinalizando uma nova era de autonomia estratégica e maior assertividade do bloco em questões de defesa