Um poderoso terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro de Myanmar na sexta-feira, causando destruição generalizada e deixando um rastro de mortes e feridos. O epicentro do sismo foi localizado próximo à cidade de Mandalay, a uma profundidade de apenas 10 quilômetros, o que amplificou seus efeitos devastadores.
Tremor foi sentido em várias regiões, incluindo a capital tailandesa, Bangkok, onde um edifício de 30 andares em construção desabou. As consequências do sismo são alarmantes e continuam a se agravar. Em Myanmar, o número de vítimas fatais já ultrapassou 140 pessoas, com mais de 730 feridos registrados até o momento. Na Tailândia, a tragédia do arranha-céu desmoronado resultou em cinco mortes confirmadas, enquanto equipes de resgate trabalham incansavelmente na busca por 117 pessoas ainda desaparecidas sob os escombros.
Número de vítimas deve aumentar significativamente à medida que mais informações sobre a extensão dos danos forem conhecidas. A baixa qualidade das construções na região é um fator agravante, tornando as edificações mais vulneráveis a sismos dessa magnitude.
O terremoto foi resultado do movimento entre as placas tectônicas Indiana e Eurasiática ao longo da falha de Sagaing. Esse tipo de movimento, conhecido como “falha transcorrente”, ocorre quando duas placas deslizam horizontalmente uma em relação à outra. A região tem um histórico de atividade sísmica significativa. Desde 1900, pelo menos seis terremotos de magnitude 7 ou superior ocorreram em um raio de 250 quilômetros do epicentro atual.
Réplicas e riscos adicionais
Especialistas alertam para a possibilidade de réplicas nos próximos dias, o que pode causar o colapso de estruturas já fragilizadas pelo tremor inicial e dificultar os trabalhos de resgate. Embora não seja possível prever terremotos com precisão, este evento não surpreendeu os geólogos, que já esperavam um sismo nessa área da falha que não se rompia há algum tempo.