A “Profecia dos Papas”, atribuída a São Malaquias, bispo irlandês do século 12, prevê que o Papa Francisco seria o último pontífice da história católica, durante cujo papado “a cidade das sete colinas seria destruída” e ocorreria o julgamento final, embora a profecia já tenha errado ao prever que o sucessor de Bento XVI assumiria o nome de Pedro II.
Profecia atribuída a São Malaquias surgiu durante uma suposta visão mística que o arcebispo irlandês teria recebido em 1139, durante uma visita a Roma. Nela, ele visualizou 112 papas futuros, cada um representado por uma breve descrição simbólica em latim. O documento, no entanto, só veio a público em 1595, quando foi descoberto pelo monge beneditino Arnold Wion nos arquivos do Vaticano, o que levanta dúvidas sobre sua autenticidade.
Historiadores apontam inconsistências significativas na profecia: as descrições dos papas até 1590 são notavelmente precisas, enquanto as posteriores são vagas e imprecisas, sugerindo que o texto pode ter sido forjado no século XVI para influenciar o conclave papal daquela época.
Após a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, a profecia ganhou renovada atenção mundial, pois segundo algumas interpretações, ele seria o 112º e último papa antes do “fim do mundo”, que ocorreria por volta de 2027. A Igreja Católica não possui posição oficial sobre a profecia, embora muitos teólogos a considerem uma falsificação histórica.
Controvérsia sobre o “último papa” centra-se na figura enigmática de “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano), mencionado como o 113º pontífice na Profecia dos Papas. Segundo o texto, este papa final “alimentará seu rebanho entre muitas turbulências, após as quais a cidade das sete colinas será destruída e o formidável Juiz julgará seu povo”. Com a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, intensificaram-se as especulações sobre seu sucessor ser este profetizado “último papa”.
Existem diferentes interpretações sobre esta controvérsia. Alguns acreditam que Francisco já representava o último papa antes do juízo final, considerando seu nome de batismo (Jorge Mario Bergoglio) e sua forte ligação pastoral com os fiéis. Outros sugerem que seu sucessor cumprirá a previsão, especialmente considerando o atual cenário de instabilidade geopolítica. Uma teoria matemática reforça estas especulações: se o Papa Sisto V (75º na profecia) foi eleito em 1585, 442 anos após Celestino II, e Francisco foi o 111º, o cálculo indicaria que o Juízo Final ocorreria 442 anos depois de 1585, ou seja, em 2027. Apesar do fascínio que gera, a maioria dos estudiosos considera a profecia uma fabricação política do século XVI sem credibilidade histórica.