Em um cenário de intensa crise política, o governo de centro-direita de Portugal, liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, sofreu uma derrota significativa no parlamento. A rejeição do voto de confiança, por 142 votos contra e 88 a favor, sem abstenções, levou à renúncia de Montenegro em 11 de março de 2025. Este evento marca um ponto crítico na política portuguesa, com implicações diretas nas próximas eleições.
A crise que levou à queda do governo está relacionada a acusações de conflito de interesses envolvendo uma empresa de consultoria fundada por Montenegro e atualmente administrada por seus filhos. Essas acusações foram um fator crucial para a oposição, que aproveitou a oportunidade para questionar a legitimidade do governo.
O Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, desempenhou um papel fundamental na queda do governo. O PS, juntamente com outros partidos de oposição, como o Chega e partidos de extrema-esquerda, votou contra a moção de confiança, enquanto a Iniciativa Liberal foi o único partido da oposição a apoiar o governo, ao lado das bancadas do PSD e CDS-PP.
Com a queda do governo, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa iniciou consultas com os partidos políticos para decidir sobre a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições, que poderiam ocorrer em meados de maio de 2025. Luís Montenegro declarou sua intenção de concorrer novamente caso eleições antecipadas sejam convocadas, enquanto o Partido Socialista se prepara para apresentar Pedro Nuno Santos como candidato a primeiro-ministro
