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França expulsa 12 diplomatas argelinos e chama embaixador de volta após retaliação de Argel

A relação entre França e Argélia mergulhou em uma nova crise nesta terça-feira, 15 de abril, após Paris anunciar a expulsão de 12 agentes diplomáticos argelinos e o retorno de seu embaixador em Argel para consultas. A medida é uma resposta direta à decisão argelina, tomada dois dias antes, de expulsar 12 funcionários da embaixada francesa, em meio a uma escalada de tensões sem precedentes desde a independência da Argélia em 1962.

Esse episódio marca o fim de uma breve trégua entre os dois países, que tentavam retomar o diálogo após meses de desentendimentos. A crise atual foi desencadeada pela prisão, em 8 de abril, de um agente do consulado argelino em Créteil, na França, acusado de envolvimento no sequestro do influenciador opositor Amir Boukhors. Após ser detido, o agente foi indiciado e colocado em prisão preventiva, o que levou Argel a retaliar com a expulsão dos diplomatas franceses.

Em comunicado, o Palácio do Eliseu afirmou que “as autoridades argelinas assumem a responsabilidade por uma degradação brutal das nossas relações bilaterais”, classificando a decisão de Argel como “injustificada e incompreensível”. O presidente Emmanuel Macron determinou a expulsão dos 12 diplomatas argelinos em “estrita reciprocidade” e o retorno do embaixador francês, Stéphane Romatet, para consultas.

O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, declarou que “é inadmissível que a França seja um terreno de jogo para os serviços argelinos”, apoiando a resposta firme de Paris. Já o ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, reforçou que a França continuará exigindo que a Argélia respeite os acordos bilaterais, especialmente nas áreas de migração e segurança.

Crise ocorre após uma tentativa de reaproximação, simbolizada pela visita de Barrot a Argel em 6 de abril, que buscava apaziguar as tensões iniciadas no verão de 2024, quando Macron reconheceu a soberania marroquina sobre o Saara Ocidental , gesto que irritou profundamente o governo argelino.

Governo francês insiste que a expulsão dos seus diplomatas foi uma retaliação desproporcional e que a resposta de Paris é uma defesa dos interesses nacionais e do respeito às normas diplomáticas. Macron apelou para que as autoridades argelinas “ajam com responsabilidade” e retomem o diálogo, destacando que o interesse mútuo é a normalização das relações.

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