O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu submeter seus funcionários a testes com detectores de mentira para identificar a origem de um vazamento de informações confidenciais. A medida foi anunciada pela secretária do departamento, Kristi Noem, em entrevista à CBS neste domingo.
Vidas em risco devido ao vazamento
De acordo com Kristi Noem, dois membros da equipe divulgaram informações sensíveis sobre operações policiais futuras, colocando em perigo a vida dos agentes envolvidos. Esses indivíduos podem enfrentar até dez anos de prisão caso sejam considerados culpados. No entanto, o número exato de funcionários submetidos aos testes não foi especificado pela secretária.
Resposta às críticas sobre deportações
A iniciativa ocorre em meio a críticas da Casa Branca sobre o ritmo considerado insuficiente das deportações de imigrantes em situação irregular. Informações sobre as cidades alvo dessas operações teriam sido comprometidas, levando à adoção dessa medida drástica.
Uma ferramenta controversa, mas amplamente utilizada
O uso do polígrafo, ou detector de mentiras, é uma prática comum nos Estados Unidos em investigações policiais e para avaliar a confiabilidade de funcionários em setores sensíveis. Apesar disso, sua eficácia científica é frequentemente questionada. Críticos apontam que os aparelhos medem principalmente o estresse e não necessariamente mentiras, podendo ser influenciados por fatores externos como pressão psicológica ou condições físicas.
Poderes amplos para cumprir promessas presidenciais
Kristi Noem destacou que possui poderes extensos à frente do Departamento de Segurança Interna e pretende utilizá-los plenamente para implementar as medidas prometidas pela administração Trump. Entre essas medidas está um plano agressivo de deportação que visa imigrantes sem documentos legais, mesmo na ausência de crimes cometidos.
Debate sobre liberdades individuais
A decisão levanta questões sobre o equilíbrio entre segurança nacional e respeito às liberdades individuais. Embora o uso do detector de mentiras possa ser visto como uma resposta necessária diante de ameaças internas, também alimenta debates sobre a erosão progressiva dos direitos fundamentais no contexto das políticas de segurança dos Estados Unidos.
