O líder italiano de extrema-direita Matteo Salvini, vice-presidente do governo ultraconservador, voltou a criticar duramente o presidente francês Emmanuel Macron, acusando-o de estar empurrando a Europa para a guerra com a Rússia.
Salvini tem se esforçado para reduzir o apoio militar da Itália à Ucrânia, enquanto tenta minimizar a proximidade histórica entre seu partido, a Liga, e o partido de Vladimir Putin, Rússia Unida. Em 2017, a Liga assinou um acordo com Rússia Unida, um movimento que gerou controvérsias significativas e levantou questões sobre as alianças políticas da Liga.
Recentemente, Salvini reiterou que Macron é um dos principais responsáveis por levar a Europa à guerra. Ele também criticou veementemente a proposta de Macron de estender o “guarda-chuva nuclear” francês à Europa, afirmando que a Itália nunca aceitaria uma força militar europeia sob o comando de Macron, a quem ele considera “louco”. Essa crítica reflete a profunda desconfiança de Salvini em relação às políticas de Macron, especialmente no que diz respeito à segurança europeia.
Essa não é a primeira vez que Salvini usa um tom tão forte ao se referir a Macron. No ano passado, ele já havia chamado o presidente francês de “louco” quando este sugeriu o envio de tropas europeias à Ucrânia. Além disso, Salvini expressou admiração por Putin e fez comentários controversos sobre a reeleição do líder russo e a morte do opositor Alexei Navalny, o que reforçou sua imagem como um defensor das políticas de Putin. Essas declarações e ações de Salvini refletem as divisões profundas dentro da União Europeia sobre como lidar com a crise na Ucrânia e as relações com a Rússia.