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China pede ‘respeito’ e não tem ‘medo’ de uma guerra comercial com os Estados Unidos

A tensão entre China e Estados Unidos atingiu novo patamar nesta quarta-feira, 16 de abril, quando Pequim fez um apelo público para que Washington abandone o que chamou de “ameaças e chantagens” e se disponha a negociar com base no respeito mútuo. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, afirmou que o país está aberto ao diálogo, mas não aceitará pressão extrema nem imposições unilaterais. “A China não deseja uma briga, mas também não tem medo de uma”, destacou Lin, reforçando a disposição de Pequim para enfrentar a guerra comercial caso os americanos insistam em novas tarifas e barreiras.

O impasse ganhou força após o governo de Donald Trump anunciar tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com taxas de 125% para mercadorias americanas. As sobretaxas, que excluem temporariamente eletrônicos como smartphones e laptops, já afetam setores estratégicos e pressionam cadeias globais de produção. Em resposta, a China também proibiu a entrega de jatos da Boeing e deixou claro que suas contramedidas são legítimas e visam proteger seus interesses e a justiça internacional.

Além das tarifas, Pequim exige que os Estados Unidos demonstrem respeito, adotem uma postura mais consistente nas negociações e estejam dispostos a tratar questões sensíveis, como as sanções e o status de Taiwan, sem recorrer a retórica depreciativa ou ameaças públicas. Fontes próximas ao governo chinês afirmam que o país só aceitará negociar se houver garantias de igualdade e benefício mútuo, e que a nomeação de um interlocutor principal americano com respaldo presidencial seria um passo importante para destravar o diálogo.

Presidente Xi Jinping também se manifestou, ressaltando que a China não teme a guerra comercial e que seu desenvolvimento sempre se baseou na autossuficiência, não em concessões externas. Xi alertou que não há vencedores em uma guerra tarifária e que o isolamento seria prejudicial para qualquer nação que desafie o comércio global.

Enquanto isso, os efeitos da disputa já são sentidos,a as exportações chinesas cresceram 12,4% em março, impulsionadas por embarques antecipados diante das tarifas, mas as importações caíram, refletindo menor demanda interna e dificuldades para setores dependentes de insumos americanos.

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