A decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 25% sobre o aço brasileiro, a partir de 12 de março, intensificou as tensões comerciais entre os dois países. O governo brasileiro, liderado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está considerando medidas de reciprocidade para responder a essa imposição. As opções incluem levar uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou impor tarifas sobre produtos importados dos EUA.
As tarifas sobre o aço brasileiro fazem parte de uma política mais ampla do governo Trump, que visa proteger a indústria estadunidense. Essa medida afeta significativamente o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para os EUA, tendo enviado 4,08 milhões de toneladas de aço em 2024. A eliminação das quotas que beneficiavam países como Brasil, México e Canadá também foi uma parte importante dessa decisão.
O Presidente Lula afirmou que o Brasil responderá comercialmente se as tarifas forem aplicadas, seja por meio de uma reclamação na OMC ou impondo tarifas sobre produtos estadunidenses. Essa postura reflete a intenção do governo de manter uma relação comercial equilibrada com os EUA, mas também de defender os interesses nacionais.
A OMC enfrenta uma crise no seu sistema de resolução de disputas, pois o órgão de apelação está inoperante desde dezembro de 2019, devido à falta de indicações de juízes pelos EUA. Isso significa que, embora o Brasil possa levar uma reclamação à OMC, a resolução final pode ser complicada pela falta de um mecanismo de apelação funcional.