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Astronautas voltam após 9 meses no espaço, mas quais são os efeitos na saúde?


Os dois astronautas americanos que passaram mais de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS), em vez dos oito dias inicialmente previstos, aterrissaram na terça-feira ao largo da Flórida. Um grande alívio para Butch Wilmore e Suni Williams, que haviam decolado em junho do ano passado para o primeiro teste em condições reais da nave Boeing Starliner. Após um problema técnico, a nave retornou vazia, enquanto seu retorno via uma nave SpaceX foi adiado várias vezes, primeiro por problemas de compatibilidade dos trajes dos dois atores privados, e depois por vários atrasos técnicos e meteorológicos.

Músculos são fortemente afetados pela microgravidade. Na ausência de gravidade, os músculos posturais, como os do dorso, pescoço, panturrilhas e quadríceps, atrofiam-se rapidamente. Essa atrofia pode chegar a 20% em duas semanas e até 30% em missões de três a seis meses. Os astronautas devem se engajar em exercícios regulares, frequentemente por duas a duas horas e meia por dia, para tentar prevenir essa perda muscular. Apesar desses esforços, a perda muscular permanece um desafio significativo para as missões espaciais de longa duração.

A microgravidade também causa uma perda óssea significativa. Os ossos, especialmente aqueles que suportam o peso do corpo, sofrem uma desmineralização rápida, com uma perda de massa óssea de 1 a 2% por mês. Após seis meses, essa perda pode chegar a até 10%, o que aumenta o risco de fraturas e prolonga o tempo de recuperação. Os ossos podem levar até quatro anos para recuperar sua densidade normal após uma estadia prolongada no espaço.

Em microgravidade, o coração não precisa trabalhar tão forte para bombear o sangue, o que pode levar a uma diminuição de sua capacidade de funcionar eficazmente. Os astronautas podem sofrer de uma tolerância reduzida ao exercício e de uma pressão arterial mais baixa.A exposição às radiações cósmicas pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas e de cânceres cerebrais. Os astronautas também são mais suscetíveis a distúrbios cognitivos e a uma alteração da função cerebral.
As missões espaciais prolongadas podem enfraquecer o sistema imunológico, levando a uma diminuição do número de células imunológicas e a uma capacidade reduzida de combater infecções.

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