quarta-feira, setembro 10, 2025
No menu items!
Google search engine
HomeINTERNACIONALNetanyahu exige rendição do grupo terrorista Hamas e propõe exílio aos líderes

Netanyahu exige rendição do grupo terrorista Hamas e propõe exílio aos líderes

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou neste domingo seu apelo para que o grupo terrorista Hamas depusesse as armas, oferecendo a possibilidade de exílio aos líderes da organização caso a rendição seja aceita. A declaração ocorre em meio a uma escalada de violência na Faixa de Gaza, onde ataques aéreos israelenses têm causado milhares de mortes, majoritariamente de civis.

Ataques durante o Eid al-Fitr intensificam tragédia humanitária

Bombardeios recentes em Khan Younès, no sul da Faixa de Gaza, resultaram na morte de pelo menos 17 pessoas, incluindo mulheres e crianças, segundo o hospital Nasser. Um dos ataques atingiu uma casa e uma tenda que abrigavam deslocados internos durante as celebrações do Eid al-Fitr, feriado muçulmano que marca o fim do Ramadã. O porta-voz dos serviços de emergência de Gaza, Mahmoud Bassal, relatou que oito pessoas morreram nesse ataque, sendo cinco delas crianças.

A crise humanitária na região se agravou após o colapso de uma trégua estabelecida em janeiro deste ano. O cessar-fogo foi rompido em 18 de março, quando Israel retomou sua ofensiva terrestre e aérea contra Gaza. Desde então, mediadores internacionais como Egito, Catar e Estados Unidos têm tentado restaurar a paz.

Propostas de trégua enfrentam resistência

Netanyahu afirmou que a pressão militar sobre o Hamas está funcionando. “Podemos ver brechas começando a aparecer nas negociações”, disse ele durante uma reunião com seu gabinete. Ele reiterou que o grupo terrorista deve abandonar as armas para que seus líderes sejam autorizados a deixar Gaza.

Por outro lado, Khalil al-Haya, alto representante do Hamas, declarou no sábado que o grupo aceitou uma nova proposta de cessar-fogo apresentada por mediadores internacionais. No entanto, ele enfatizou que “as armas da resistência são uma linha vermelha”. O gabinete de Netanyahu confirmou ter recebido a proposta e respondeu com uma contraproposta cujos detalhes não foram divulgados.

Conflito se expande para além das fronteiras

Os impactos do conflito não estão restritos à Faixa de Gaza. Em Israel, sirenes antiaéreas foram acionadas após o lançamento de um míssil balístico pelos rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã. O exército israelense interceptou o projétil antes que ele atingisse o território nacional. Os houthis reivindicaram o ataque como parte de sua solidariedade aos palestinos.

Desde o início do conflito em Gaza, os houthis intensificaram ataques contra Israel e navios no Mar Vermelho. Essas ofensivas haviam cessado durante a trégua anterior, mas foram retomadas após seu rompimento.

Crise humanitária atinge níveis alarmantes

A situação humanitária na Faixa de Gaza é crítica. Desde 2 de março, Israel fechou os pontos de passagem para ajuda humanitária numa tentativa de pressionar o Hamas a libertar reféns israelenses ainda mantidos no território. Isso resultou no deslocamento quase total dos 2,4 milhões de habitantes da região.

De acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas — reconhecido como fonte confiável pela ONU — mais de 50 mil pessoas foram mortas desde o início da campanha militar israelense contra o grupo terrorista. A maioria das vítimas são civis.

Netanyahu enfrenta desafios internacionais

Além dos desafios militares e políticos internos, Netanyahu também está sob pressão internacional. Ele é alvo de um mandato de prisão emitido pela Corte Penal Internacional (CPI) por suspeitas de crimes de guerra e contra a humanidade cometidos em Gaza. Apesar disso, está prevista sua visita à Hungria em 2 de abril para reuniões com autoridades locais antes de retornar a Israel no dia 6.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -
Google search engine

Most Popular

Recent Comments