Os partidos políticos do Groenland, território autônomo da Dinamarca, uniram suas vozes para denunciar o que consideram um “comportamento inaceitável” do presidente americano Donald Trump. Ele reiterou sua intenção de anexar a ilha ártica, afirmando que acredita que isso “acontecerá” durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, na presença do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte.
Líderes dos cinco partidos representados no Parlamento groenlandês emitiram uma declaração conjunta, expressando seu rejeito categórico às repetidas declarações de Trump sobre a anexação do Groenland. Eles consideram que esse comportamento é inaceitável em relação a amigos e aliados em uma aliança de defesa.
Primeiro-ministro interino, Múte Egede, declarou que iria convocar os líderes de todos os partidos para uma resposta comum, enfatizando que “o Groenland nunca se tornará parte dos Estados Unidos”. Jens-Frederik Nielsen, líder do partido pró-negócios Demokraatit, que venceu as recentes eleições parlamentares, também rejeitou as declarações de Trump, afirmando que os groenlandeses querem ser independentes e não querem ser nem americanos nem dinamarqueses.
Groenland, com uma população de cerca de 57.000 habitantes, é uma região semi-autônoma sob a jurisdição da Dinamarca. Os groenlandeses são majoritariamente favoráveis à independência, mas rejeitam massivamente a ideia de uma anexação pelos Estados Unidos.
Trump justifica seu interesse pelo Groenland por razões de segurança internacional, destacando a importância da região ártica, onde a Rússia e a China estão reforçando sua presença. No entanto, suas declarações provocaram uma forte reação negativa no Groenland e na Dinamarca, que consideram que a ilha não está à venda.