O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o recém-empossado chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), general Eyal Zamir, reiteraram nesta quarta-feira que a missão militar em Gaza continua sendo uma prioridade para o país. As declarações foram feitas durante a cerimônia de posse do novo comandante militar, em um momento crítico do conflito que já dura quase um ano e meio.
Netanyahu, em seu discurso durante a cerimônia televisionada, enfatizou a importância histórica do conflito atual. “Uma responsabilidade muito pesada repousa sobre seus ombros”, disse o primeiro-ministro ao general Zamir. “Os resultados desta guerra terão importância por gerações. Estamos determinados a alcançar a vitória.”
Essas palavras refletem a gravidade com que o governo israelense encara a situação, especialmente após o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual fase do conflito.
O general Eyal Zamir, aos 59 anos, assume o comando das FDI em um momento crucial. Conhecido por sua experiência em combate e por ser o primeiro chefe do Estado-Maior proveniente da divisão blindada, Zamir traz consigo uma reputação de líder firme e experiente.
Em seu discurso de posse, Zamir demonstrou uma mistura de humildade e determinação: “Hoje, aceito o comando das FDI com modéstia e humildade. Esta não é uma transição comum, é um momento histórico.” Ele acrescentou uma avaliação realista da situação: “O Hamas sofreu um duro golpe, mas ainda não foi derrotado.”
A posse de Zamir ocorre em um contexto delicado. Uma frágil trégua entre Israel e o Hamas está em vigor desde 19 de janeiro de 2025, mas sua continuidade está ameaçada devido a divergências entre as partes sobre como estendê-la após o fim de sua primeira fase.
O novo chefe militar terá que navegar por essas águas turbulentas, equilibrando as necessidades de segurança de Israel com as pressões internacionais por uma resolução do conflito.
As declarações de Netanyahu e Zamir indicam que Israel mantém sua postura firme em relação ao conflito em Gaza. A ênfase na “vitória” e na continuidade da missão sugere que o país não considera ter atingido seus objetivos estratégicos, apesar dos significativos danos infligidos ao Hamas.